quinta-feira, 7 de julho de 2022

A Depressão e a religiosidade

 


Você já deve ter ouvido falar que Depressão é falta de Deus, falta de ter o que fazer, preguiça, má vontade, que se você se esforçar a Depressão vai embora. E de tanto ouvir isso, você se sente culpado por continuar deprimido.
E sabe qual o resultado disso?

Durante um tempo você tenta disfarçar, mas vai crescendo e você sente que o sentido e a vontade de fazer as coisas que você antes gostava de fazer... vai embora.



Mas... o que é Depressão afinal?

Deixando de lado os conceitos que você já leu na internet e a relação infindável de sintomas onde você se encaixa em quase todos... o que é Depressão?
Ficar triste é um sentimento humano, é uma reação natural frente as problemas que enfrentamos. É normal ficar triste quando perdemos alguém, quando perdemos alguma coisa que gostamos muito (ou precisamos), quando perdemos um emprego, quando a vida ta difícil, quando um filho cresce e sai de casa... É normal ficar triste, não precisa correr para tomar um remedinho que alguém te sugeriu pois esse alguém talvez não saiba (ou não tenha paciência ou disponibilidade afetiva) como ajudar você a passar por isso.
O Luto pelas perdas é o tempo necessário para recolocar as coisas nos seus devidos lugares. Chorar e sentir falta é normal. Aos poucos as coisas devem ir se organizando e os sentimentos vão se tornando mais amenos. Ficam as lembranças e a saudade... mas a vida continua. Fazemos luto não apenas quando perdemos alguém, mas quando perdemos qualquer coisa... uma pessoa, um animal de estimação, um trabalho, uma casa, um relaciomento... enfim... uma perda que dói.
Ficar triste além da conta, por um tempo maior, que impeça você de retomar a vida... isso pode ser um sinal que talvez você esteja entrando em depressão.





A Depressão é um quadro clínico, ou seja, um tipo de doença que todos nós em algum momento (e em algum grau) podemos experimentar. Tem vários tipos de depressão e somente um profissional qualificado (psiquiatra ou psicólogo) pode diagnosticar e tratar a depressão.
Nunca (em hipótese alguma) caia na tentação de tomar o remédio da comadre bem intencionada que, na ânsia de ajudar, te oferece o que tem em casa. Isso pode piorar e mascarar o que você está vivendo. Você não tem que ser forte só porque as pessoas não sabem o que fazer com a sua fragilidade.
A Depressão é decorrente de um desequilíbrio químico no cérebro. Esse desequilíbrio pode ser ocasionado por vários fatores, desde genéticos, familiares, estresse, alimentação inadequada, efeito colateral a outras medicações, sintomas concomitantes de outras doenças. Ou seja, mascarar os sintomas não é uma boa idéia.
Mas uma coisa sempre acontece junto com a Depressão: a fragilidade emocional.
Uma pessoa com Depressão tem muitas histórias pra contar e poucos ouvidos dispostos a escutar. O próprio ritmo de vida e as pressões da vida familiar, social e profissional dificultam esse acolhimento afetivo da história do outro. E se não pode falar, fica apenas o sentir... sem sentido.





Você já percebeu o quanto somos cobrados por decisões e posicionamentos? Você se sente capaz de decidir por tudo que você é solicitado? Então... a vida parece que está mais acelerada, tudo mais urgente e menos permanente.
Então... o que vem primeiro... a Depressão ou a fragilidade? Ou será que as duas coisas vem juntas?
Não importa o que vem antes. Para tratar de forma eficaz é necessário olhar para as duas coisas. Não somos um psiquismo solto no ar, estamos embarcados neste corpo. Qualquer coisa que atinge o corpo, se reflete no psiquismo e vice-versa.
Muitas vezes, só de ter com quem conversar o humor deprimido se estabiliza e a vida começa a voltar a fluir.
Mas se isso não ocorrer... é necessário tratar o corpo físico junto com as emoções. Psicoterapia e Psiquiatria andam de mãos dadas.





Mas tem outras coisas que você pode (e deve) fazer também.
Se não somos um psiquismo solto no ar, temos uma responsabilidade muito grande com o legado que recebemos e que deixaremos neste mundo. Nada que você fizer passará sem que alguém perceba e receba algum efeito disso. Se é difícil ser ouvido pelas pessoas, você já pensou o quanto é difícil para você ouvir?
Então... vamos pensar juntos!
A Depressão reflete uma desesperança, uma decepção com a vida. Mas será que eu não estou contribuindo para que o mundo fique mais cinza? O que eu posso fazer? Qual o sentido disso tudo?
Vamos falar da experiência espiritual/religiosa de pertencer a este mundo. Não estamos falando de religião (cada um tem a sua e talvez você escolha não seguir nenhuma). Estamos falando da experiência de pertencer a algo maior, que já estava aqui antes de você nascer e vai continuar aqui depois que você se for. Aquilo que faz com que a humanidade evolua (ou não) com a experiência de cada ser humano que passa por aqui. A sua experiência!

Quais os benefícios da prática religiosa na Depressão?

Resgate da esperança e do sentido da vida ao encontrar apoio em um grupo acolhedor. Muitas vezes amigos e familiares já se afastaram, é reconfortante encontrar um grupo que acolhe.

Prestar ajuda a quem precisa ao realizar trabalhos voluntários. Tem tanta coisa por fazer, tanta gente que precisa do que você tem a oferecer.

Reconhecimento da fragilidade e da fé através de preces, meditações, etc. Um pouco de calma no meio do turbilhão de sentimentos e pensamentos, cultivar a paz dentro de você.

Assumir a responsabilidade por si e pelos outros, o que leva à evolução e aprendizado. Boa parte do que você vive hoje é fruto de escolhas e decisões que talvez você não tenha feito com o cuidado necessário. O que você aprendeu? O que pode ser feito?

Consciência da importância das mudanças na vida e no mundo, e qual seu papel nelas. Se você quer um mundo diferente, comece por você!

Você atrai o que você vibra!!!!!!!
Se você vibrar coisas boas vai ser cercado de luz e cores.
Se você vibrar melancolia vai se cercar de choro e lamentações.


 

A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem venenos, achando que viver é sofrer, e ponto final. Outros comem – e vivem – sem sal.

Mas há os que, quando podem, pegam as delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão.

(Lya Luft)



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Cladismari Zambon
Psicóloga - CRP 06/115951
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